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O segundo olharGaranta maior qualidade para sua vida e para o que você faz com este passo simples Se você usa a internet, em casa ou no trabalho, certamente já recebeu um e-mail com erros de digitação. Talvez já tenha visto também homens com a barba recém-feita e, em um ou outro cantinho, um pouquinho de pelos esquecidos. Ou talvez já tenha mandado pintar ou reformar sua casa e se irado com a quantidade de sujeiras e falhas que ficaram. E certamente já ouviu falar de instrumentos médicos esquecidos no corpo de um operado. Tudo isso pode ser resolvido com uma etapa muito simples que se pode acrescentar no final de uma atividade: o segundo olhar. Ele consiste em, quando se acredita ter terminado, dedicar mais algum tempo a olhar o todo, reler se for o caso, verificar simplesmente. Olhar mais uma vez, apenas. Esta era uma etapa que Walt Disney usava, quando no papel do Crítico (tinha também o Sonhador e o Realista): observava o plano de um projeto de maneira algo distanciada, assim como se não fosse dele, buscando oportunidades de melhoria. Observar novamente uma situação pode ter conseqüências muito positivas no dia a dia. Por exemplo, você já interpretou errado a intenção de alguém? Às vezes brincam conosco e levamos a sério. Outras vezes, achamos que alguém está nos ignorando e na verdade o outro está apenas cansado demais. Aplicar o segundo olhar pode revelar novas possibilidades de interpretação e de julgamento, novos pontos de vista e perspectivas, novas idéias para melhoria. É uma boa saída também para a prisão da "síndrome do rótulo único", que é quando carimbamos nós mesmos ou alguém com um belo nome generalizador como "burro" ou "inteligente", esquecendo os outros milhares de aspectos. Para motivar-se a aplicar um segundo olhar, basta convencer-se de que a possibilidade de ter esquecido ou deixado passar algo é bem real, isso é humano e natural. Tão natural que até já aplicamos o segundo olhar em várias situações, como ao colocar uma gravata, no caso dos homens, e aplicar batom, para as mulheres. Também importante para uma boa opção é saber onde e quando aplicá-la, e para isso nada melhor que exemplos, além da experiência, é claro. Veja mais alguns contextos e situações em que pode ser aplicado o segundo olhar: Depois de:- cortar as unhas - elaborar um trabalho escolar - por uma mensagem em um forum - lavar o carro - lavar roupas ou por as roupas na máquina - enxaguar louça - julgar algo feio - depilar-se - receber ou dar um troco - ter um sonho ruim ou pesadelo - limpar o nariz! Antes de:- ficar nervoso ao tentar abrir uma embalagem - vingar-se ou descontar uma aparente desfeita - entrar com o carro em uma área alagada (aconteceu comigo, e a água estava mais alta do que eu supus!) - ficar frustrado (sabe-se lá o que pode ter de bom no que aconteceu e o que virá depois?) - julgar aquela criança barulhenta como "chata" - concluir que não há solução Virgílio Vasconcelos Vilela |
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