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ENSINO

O caso dos alunos fedorentos

Resolvido!

 

Logo depois que me formei na faculdade, lecionei por quatro anos em duas escolas de Belo Horizonte. Jovem ainda, tive que enfrentar vários desafios. Um deles foi com uma turma de 7ª série; meu horário era depois dos alunos participarem da educação física. A turma chegava na classe bem agitada, dispersa e com odores típicos de adolescentes após a prática de esportes: suores fortes e chulés ardidos. Ficava simplesmente insuportável o ensino de monômios e polinômios naquela situação! O que fazer?

Tive então a ideia de montar uma cesta com vários tipos de desodorantes, água de colônia, perfumes, álcool, leite de rosas, limão, bicarbonato de sódio e lenços umedecidos, a qual denominei “Kit higiênico”. Antes de começar a aula com a chamada dos presentes, entregava ao aluno da fileira do canto da porta a tal cesta, que ficou até graciosa, para que escolhesse algum produto que lhe agradasse e o usasse.

Esta iniciativa causava frenesi em alguns alunos que, além de estarem tendo o primeiro contato com alguns daqueles produtos, conseguiam reconquistar sua autoestima e se embelezar para as nossas aulas. O comentário era tamanho e geral na escola que tivemos até uma eleição para o novo nome da cesta, que virou “Kit Beleza”, “kit belezura” para alguns.

Mas o mais importante era resgatar a atenção dos alunos para a aula de matemática, o que conseguimos com aqueles perfumes e fragrâncias. Cheguei depois a promover sorteios de alguns mini-kits como motivação para os alunos que tomaram gosto pela matéria e se superaram em suas médias.

Claudia Cortes

Brasília/DF

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