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Como pentelhar um cachorroOu como desenvolver sua criatividade e se divertir Lembra-se de quando teve um problema e acabou improvisando uma solução com o que tinha à mão? Pois é, problemas podem ser boas oportunidades de se criar. Essas oportunidades em geral incluem três elementos: Um contexto - uma situação que conduz ou incentiva a pessoa a agir: um problema, uma necessidade e até uma intenção de mudança. Exemplos: aniversário de um amigo, um cano vazando, um carro atolado. Um objetivo - Agradar e surpreender o amigo, consertar o cano, desatolar o carro. Elaboração de uma estratégia que conduza ao objetivo - às vezes a solução é imediata ou está disponível: no caso do cano vazando, fechar o registro e chamar um encanador. Quando isto não ocorrer, surge a oportunidade de improvisar, de criar, de elaborar alternativas. No caso do carro atolado, se empurrar não funcionar, pode ser necessário olhar em volta e procurar pedras, areia, madeira, um trator ou reboque para puxar o carro e pode ser até considerado ir embora para buscar recursos. A grande habilidade nesse tipo de situação é a capacidade de elaborar alternativas para atingir um objetivo usando recursos disponíveis. E se é uma capacidade, pode ser treinada em contextos diferentes da aplicação. Isto é análogo, por exemplo, a aprender a seguir um ritmo ao aprender a tocar um instrumento e depois aplicar esse aprendizado na dança. É similar também ao malabarismo: se você faz com bolas, faz com limões e até bolas de papel. Muda o conteúdo, mas a capacidade usada é a mesma, calibrada para o conteúdo da vez. E se podemos treinar essa habilidade de achar soluções em qualquer contexto, por que não escolher um divertido? Foi isto que fiz. Tenho um cachorro maltês que muito me inspirou (veja O cachorro que mudou o mundo e A inteligência do meu cachorro). De vez em quando me baixa um espírito infantil de provocá-lo só para vê-lo reagir, de forma bem parecida com o que meus filhos fazem um com o outro. Então o tema de minha prática foi "Opções para pentelhar um cachorro" As primeiras idéias foram (por favor não pense que eu realmente faria tudo isto - embora algumas coisas sim!): - Puxar dois fios do pelo. - Puxar os pelos do focinho. - Puxar a orelha. - Levantá-lo pelo rabo (isto não o incomoda, ele é treinado desde pequeno!). - Pegá-lo no colo de barriga para cima. - Fazer que vai coçá-lo e quando ele se "abrir", não coçar. - Dizer "Vamos passear?" e não ir (esta é uma tortura!) - Apertar seu focinho com a mão. Então tive que parar por uns minutos. Enquanto estava desligado da questão, sem procurar, vieram mais duas idéias ("pularam"): - Levantá-lo pelo lombo. - Dizer que vai dar um "presente" (biscoito para cães que ele adora), e mostrá-lo a uma altura que ele não alcança só para vê-lo ficar em pé. Bem, aí resolvi aplicar a técnica do estímulo aleatório para ver se puxava mais idéias. Abri o Aurélio ao acaso e vieram estas: - A palavra-estímulo "Embalsamado" provocou a idéia de vesti-lo todo, talvez pendurá-lo em algum gancho pela roupa. - "Comado" (que tem coma) provocou algo a respeito de lhe dar algo para cheirar, mas deixei essa idéia de lado. - "Mênstruo" (esta foi a palavra, acredite) provocou a idéia de por uma máscara de monstro e ver a reação do cachorro. Finalmente, para que essas idéias dêm melhores frutos é bom descobrir outros contextos potencialmente divertidos para treinamento dessa capacidade. Vão aí algumas sugestões: - Coisas malvadas para por em uma caixa e dar de presente para um amigo. - Desculpas, digo, motivos para faltar ao trabalho ou à escola. - Nãos que adoraríamos dizer. - Conseqüências futuras dos nãos ditos (veja, para inspirar, O cachorro que mudou o mundo). - O que você faria se fosse total e completamente livre (e tivesse grana!). - Veja esta: abri o dicionário e vi a palavra "estratégico", que sugeriu este tema: diferenças no seu futuro entre aplicar e não aplicar no seu dia a dia estratégias do Possibilidades! Virgílio Vasconcelos Vilela |
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