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Mapas MentaisÁrvores ilustradas para maior produtividade O que a gente nem sabe que existe, nem deseja. E o que será que existe por aí que seria bom para nós mas não desejamos porque sequer sabemos que existe? Este artigo foi escrito para pessoas que não sabem o que são mapas mentais e visa não só descrever o recurso como principalmente mostrar sua aplicabilidade, de maneira que cada um avalie se está perdendo algo potencialmente útil em seu cotidiano. O problema - Você já deve ter assistido a aulas ou palestras que não conseguiu acompanhar, não? Talvez no começo até conseguiu, mas em algum momento se perdeu e não achou o rumo de novo. Ou quem sabe estava estudando algum assunto que devia aplicar para resolver um exercício mas simplesmente não conseguia saber por onde começar e nem tinha um roteiro ou algo assim que lhe permitisse saber onde estava e por seguir. É como um quebra-cabeças cuja imagem final você não conhece e cujas peças não se encaixam. Uma possível causa para esses tipos de dificuldades não está em você, mas sim na maneira como o conhecimento lhe é apresentado: um problema didático. É muito comum o conhecimento ser apresentado em formato descritivo e discursivo: alguém fica falando "horas" sobre algo, não mostra sequer uma figura, que seja um esquema, possivelmente com muitos conceitos novos ou novos significados para palavras existentes e espera que a audiência seja capaz de assimilar todos os novos conceitos no mesmo ritmo da fala. No final, "vamos fazer exercícios e aplicar o que aprendemos". Caminhos - As soluções para esse problema de fato já existem e podemos identificar elementos comuns a elas. Um deles chama-se estruturação de conhecimento: ao invés de longas frases descritivas, tópicos sintéticos, com suas relações e dependências evidenciadas, devidamente representadas por símbolos visuais e diagramas. Isso não é realmente novidade: a matemática e a física já fazem isso há séculos. A análise de sistemas e a programação de computadores não analisam, concebem nem desenvolvem sem isso. Estrutura semântica com apoio visual é uma das chaves para lidar com a complexidade e a quantidade de informação e conhecimento. Uma outra chave é dispor de um software, que proporciona produtividade. Um exemplo comum é a planilha digital, que proporciona estrutura (tabela bidimensional) evidenciada por marcação visual (linhas, formatação) e opções para você inserir conteúdo (números, fórmulas). Compare: considere um mesmo conteúdo representado em uma planilha e em formato descritivo. Nesse cenário, os mapas mentais surgem como uma opção de boa aplicabilidade. Onde houver excesso e sobrecarga, fragmentação e confusão, desorganização e esquecimento e outros problemas relacionados a conhecimento, mapas mentais podem ajudar com sua natural inclinação para a estruturação das idéias e sua representação sintética. Esta matéria constitui uma introdução aos mapas mentais, na qual você saberá o que e como são e terá indicações para prosseguir caso ache interessante. O que são mapas mentaisMapas mentais são essencialmente diagramas hierárquicos (em árvore) que representam informações e conhecimentos de forma: • textual, ilustrada ou ambas • sintética • organizada e nivelada Como um primeiro exemplo comparativo, vamos ver o mesmo conteúdo, algumas coisas necessárias ou interessantes para um churrasco, representado de duas formas diferentes: discursiva e em mapa mental ilustrado. Churrasco em discurso: “Para o churrasco vamos precisar de som e CDs, violão e o caderno de músicas, de um baralho, frescobol e bola, mais as coisas para servir: pratos, talheres, copos, guardanapos, palitos. Não esquecer também de levar mesas e cadeiras, se não tiver lá.” Veja agora um mapa mental para o mesmo conteúdo:
No mapa mental acima, note o seguinte: • Um mapa mental é formado de tópicos ligados por linhas. • Cada tópico pode conter texto, uma ilustração ou ambos. • Há um tópico central, também chamado título ou raiz, que possui subtópicos conectados ao tópico raiz pelas linhas. Cada subtópico por sua vez pode ter seus próprios subtópicos, resultando em uma organização hierárquica ou em árvore (daí os nomes raiz, ramos e folhas, que são os tópicos sem subtópicos). • Os tópicos formam níveis com graus crescentes de detalhamento e especificidade: o tópico central é o mais genérico, e as folhas são mais específicas. A formatação apóia essa organização: as linhas vão ficando mais finas e as fontes menores. Note também: • A minimização de preposições, artigos e outros símbolos lingüísticos com finalidade apenas sintática e não essenciais para a compreensão. • A categorização ou agrupamento das idéias em “compartimentos” (“Para servir”, “Diversões”), que definem níveis de idéias, permitindo a contextualização do pensamento e preservando as relações com o restante. Essa não é uma característica exclusiva dos mapas mentais; qualquer conteúdo pode ser blocado e nivelado em categorias e idéias organizadoras. Mas os mapas mentais constituem uma estrutura natural e apropriada para se fazer isso. Agora faça um teste. Pense em churrasco, depois em planejar um churrasco: o que você prefere manter em mente? Das duas maneiras, discurso ou mapa mental, qual é a mais confortável para você pensar sobre o planejamento do churrasco? Para ver mais exemplos, vá ao site Mapas Mentais, que tem mapas mentais prontos para uso. Em particular, sugerimos começar pelos de conteúdo mais familiar e portanto de compreensão mais imediata: - Seção Culinária: veja como um procedimento pode ficar fácil de ser seguido quando (bem) representado em um mapa mental. - Se você já leu o livro Quem Mexeu no meu Queijo, veja o respectivo mapa mental na seção Livros. - Veja também a seção Lazer. Este site tem algumas matérias com mapas mentais: veja - Aprendizagem: Estratégias para enriquecer o aprendizado - Essenciais: Quem é você? Suas múltiplas identidades AplicabilidadeA aplicabilidade dos mapas mentais pode ser vista sob vários enfoques: Espaços-problema - Excesso de conhecimento a ser tratado, sensação de sobrecarga e falta de controle sobre o conhecimento. - Fragmentação de conhecimento. - Desestruturação e desorganização de conhecimento, com subseqüente perda ou esquecimento. Para esses casos um mapa mental permite e estimula a estruturação e a síntese, possibilita a visão de todos os elementos relacionados em um mesmo campo visual e facilita a evocação de conhecimento. Áreas - Planejamento - Organização - Ensino (como recurso de preparação ou apresentação - veja apostila Mapas Mentais na Escola no site Mapas Mentais) - Aprendizagem (por exemplo, para revisão e como método de estudo) - Redação (por exemplo, para pré-estruturação de textos) - Criatividade (por exemplo, como ferramenta de brainstorm) - Documentação (como por exemplo procedimentos em empresas) Veja aplicações em áreas variadas nesta matéria: Para que usar mapas mentais. Papel profissional Veja no site Mapas Mentais uma lista de possibilidades de aplicações de mapas mentais por papel profissional. Veja também a seção Eu uso, com depoimentos de profissionais variados sobre como usam mapas mentais. Papéis e oportunidadesO que alguém pode "ser" no ramo de mapas mentais: Mapeador (geral) Elabora mapas mentais, para si e possivelmente para compartilhar com outros. Pode elaborar em papel, software ou ambos. Pode ser um prestador de serviços para empresas que desejam mapear algum conteúdo. Pode se tornar um Webmaster (abaixo). Autor Você pode elaborar obras com mapas mentais, como livros e e-livros, e vendê-los ou distribuí-los como preferir. Uma opção aqui é ser ou se associar a um mapeador conteudista, um elabora os mapas mentais e o outro prepara o produto. Usuário Pessoa que usa mapas mentais feitos pelos mapeadores. Precisa ter apenas conhecimentos básicos para leitura e compreensão, além de, claro, saber onde obtê-los. Instrutor Ministra cursos relacionados a mapas mentais. Os cursos podem ser de formação (como elaborar mapas mentais), aplicação (por exemplo, como usar mapas mentais para planejar ou estudar) e instrutoria. Não há no Brasil formação de instrutores em mapas mentais. A opção é o curso de Tony Buzan. No Brasil conhecemos uma única BLI - Buzan Licensed Instructor, Liz Kimura, de São Paulo. Editor de livros Há poucos livros de mapas mentais no Brasil (veja indicações abaixo). Pode se tornar um filão nos próximos anos. Webmaster Alguém que tem um site com conteúdo focado total ou parcialmente em mapas mentais. Exemplos: site de receitas de culinária, site sobre a Constituição ou a Bíblia mapeadas, sites de concursos. Se não for também mapeador, talvez tenha dificuldades de obter conteúdo. Representante de software Alguém que se afilia a um produtor de software de mapas mentais e recebe comissões. Programador Desenvolve software ou módulos para software de mapas mentais. Programadores Java podem participar por exemplo do desenvolvimento do FreeMind (http://freemind.sourceforge.net/wiki/index.php/Development). Há um software de mapas mentais, o MindManager, que permite a incorporação de módulos externos (como o MS-Office e os programas da Macromedia), que podem ser vendidos para usuários do software. Consultor Imaginamos que uma empresa que queira inserir mapas mentais na sua cultura precisa de consultores para viabilizar e agilizar o processo. Por exemplo, um consultor pode orientar mapeadores na boa estruturação semântica dos mapas mentais. Divulgador Há palestrantes que se especializam em divulgar um certo tema ou cultura. Alguém pode ministrar palestras em empresas ou escolas para fazer algo como esta página: mostrar que existe, como é, aplicabilidade e caminhos para quem quiser investir em mapas mentais. Certificador Não há no Brasil processo de certificação em mapas mentais. Seria certamente interessante ter processos de certificação de mapeadores, claro, que seja sério e respeitado. IndicaçõesPáginas e sites Mapas Mentais (http://www.mapasmentais.idph.com.br/conteudos.php#galeria) - mapas mentais prontos para uso e estudo, artigos introdutórios, publicações e indicações de software. Software Veja www.mapamental.org. Publicações Veja no site Mapas Mentais esta página. Perspectiva críticaHá duas linhas básicas de elaboração de mapas mentais: à mão e em software. O criador da técnica, o inglês Tony Buzan, enfatiza a elaboração à mão, sendo alguns dos argumentos o desenvolvimento da criatividade e a integração dos lados esquerdo e direito do cérebro. Há muitos seguidores de Buzan que são fiéis a suas diretrizes. Um das limitações dessa linha é que a produtividade da elaboração de mapas mentais à mão é muito baixa, devido ao redesenho, sendo mais adequada para conteúdo estável e pessoal. Sob uma perspectiva prática, quando usamos um recurso de estruturação, é porque não estamos conseguindo lidar com um conteúdo e é natural esperar que comecemos com fragmentos que serão depurados e organizados, o que envolve vários ciclos de trabalho, assim como para um texto ou outro documento cuja estrutura ainda não está madura. Nós preferimos enfatizar mesmo o software, não só pela produtividade mas também pela maior facilidade de compartilhamento: uns fazem e outros usam, o que aumenta o número de usuários, o que por sua vez aumenta o número de mapeadores, o que resulta em mais mapas mentais prontos, o que aumenta o número de usuários... E todos ganham com isso. Nos nossos estudos sobre didática, chegamos à conclusão que há uma oportunidade de melhoria no ensino de habilidades, caso dos mapas mentais e programação de computadores, para mencionar os que conhecemos melhor. O que ocorre frequentemente é que o aprendiz é solicitado a criar antes que tenha experiência e estrutura para tal. A solução é fornecer ao aprendiz modelos e métodos pré-estruturados, de forma que ele no início tenha apenas que inserir conteúdo. Essa diretriz foi materializada no e-livro Modelos e Métodos para Usar Mapas Mentais, que permite a qualquer pessoa elaborar mapas mentais úteis rapidamente. Obtenha mais informações sobre essa obra nesta página (tem uma amostra grátis). Virgílio Vasconcelos Vilela |
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